Como Funciona a Suspensão?
Mesmo sendo um dos sistemas mais importantes dos veículos, responsável acima de tudo pela estabilidade do carro, muita gente não sabe exatamente como funciona a suspensão. É lógico que não é necessário ser um expert no assunto, mas, caso você seja um leigo no assunto, pode ser interessante saber o básico, como quais os componentes principais e como eles atuam, o que pode te ajudar em possíveis problemas, além de te auxiliar na manutenção do sistema.
Como dito, a suspensão é o sistema responsável pela estabilidade do veículo, absorvendo, a partir da ação de seus diversos componentes, as irregularidades do solo. Também tem o objetivo de manter as quatro rodas no chão o tempo inteiro, independente de buracos e irregularidades, além de auxiliar no desempenho do automóvel.
Sobre a suspensão
É de extrema importância manter atenção máxima ao sistema, já que ele sofre desgaste natural com uso. Assim, ele pode atrapalhar o desempenho do carro e até mesmo afetar a segurança ao dirigir. Isso porque o carro fica mais instável nas curvas e ao trafegar por solos mais irregulares.
Além disso, formas mais agressivas de dirigir podem provocar um maior desgaste do que o normal, reduzindo o tempo de vida útil de alguns componentes da suspensão. Por isso, cuidado ao passar por buracos, crateras, lombadas, ou demais irregularidades, não freando bruscamente ou passando em altas velocidades.
Agora, para que você entenda melhor como funciona o sistema, vamos listar agora os principais componentes da suspensão automotiva, com as funções exercidas por cada um.
Amortecedor
O amortecedor é essencial ao sistema de suspensão, atuando em conjunto com à mola. Atua de forma a amenizar as irregularidades do solo, juntamente com a mola.
Ruídos vindo desta parte do veículo, ou relativa instabilidade, podem indicar maior desgaste nos amortecedores. Isso pode gerar um desgaste prematuro em outros componentes da suspensão e dos pneus, o que prejudica a segurança do carro.
O tempo de revisão médio de um amortecedor é de cerca de 40 mil quilômetros. Porém, não se preocupe, pois eles costumam dar sinais claros quando precisam ser trocados. Ruídos metálicos, vazamento de óleo pelos amortecedores e oscilação do veículo são alguns sinais claros.
Mola
Atuando em conjunto com o amortecedor, as molas também têm como principal função o amortecimento do balanço gerado pelas irregularidades da pista. Pode ser do tipo feixe de molas ou helicoidal, sendo muito flexível para absorver os impactos causados pelas imperfeições do asfalto. Caso o veículo apresente instabilidade e barulho na suspensão, as molas podem estar com gasto excessivo.
As molas podem ser trocadas a cada 80 mil quilômetros. Porém, fique atento para marcas da mola se batendo, ferrugem, pintura descascada, veículo muito rebaixado e batidas da suspensão ao passar por lombadas.
Braço oscilante
Serve como apoio para a coluna de suspensão, que é articulável, e o chassi. Se a dirigibilidade estiver comprometida, acompanhada de barulho excessivo na suspensão, as buchas podem estar gastas ou danificadas.
O braço oscilante pode até mesmo empenar, devido a algum uso indevido. Verifique sempre o alinhamento da peça e a direção. Caso escute ruídos ou detecte folgas, está na hora de trocar.
Pivô de suspensão
Auxilia no movimento de subida e descida da coluna da suspensão, permitindo o ângulo ideal de oscilação do braço. Os ruídos são o maior indicativo de desgaste neste componente.
Barra estabilizadora
Faz a ligação entre as colunas da suspensão, sendo responsável pela estabilidade do veículo em altas velocidades, retas e curvas. É presa à carroceria, através das buchas de ligação, e às colunas, por meio de bieletas. Falta de estabilidade e barulho na suspensão são os principais sintomas de falhas na barra estabilizadora.
Estes são os principais componentes do sistema de suspensão dos carros. Existem alguns tipos de suspensões automotivas, sendo que já falamos dos três mais comuns no Brasil: fixa, rosca e ar. Para mais informações, clique aqui.
O mais importante é realizar todas as revisões do seu veículo, fazendo a manutenção preventiva dos componentes da suspensão, e ficando atento aos sinais de defeitos e desgaste, para evitar maiores problemas.
Cada peça da suspensão tem seu preço, e por isso é mais vantajoso troca-las quando forem apresentando defeitos, do que fazer uma substituição total do sistema, o que seria muito custoso. O amortecedor, por exemplo, pode custar de R$ 80,00 a R$ 600,00, dependendo do carro. Até mesmo a mola, que é uma peça mais simples, pode chegar a até R$ 200,00.
Categoria: Manutenção